domingo, 9 de janeiro de 2011

MÃEZINHA . (IN MEMORIAM)


Eu sei que você me recebeu com a alma em festa, vestida de sonhos e esperanças. Em momento algum lhe passou pela mente que o fato de eu não lhe pertencer à carne, pudesse alterar o nosso infinito amor.
Foi necessário que nós ambos nos precisássemos, na área da ternura, impedidos, porém, de nascer um da carne do outro, por motivos que nos escapam, a fim de que outra mulher me concebesse, entregando-me a você.
Ela não se deu conta da grandeza da maternidade; não obstante, sou-lhe reconhecida, pois que sem a sua contribuição, eu não teria recebido este carinho de mãe espiritual saudosa, nem fluiria da sua convivência luminosa, graças à qual eu me enterneço e sou feliz.
Filha de criação!
Quantas vezes me golpearam com azedume, utilizando essas palavras!
O seu amor, todavia, demonstrou-me sempre que a maternidade do coração é muito mais vigorosa do que a do corpo.
Não há mães que asfixiam os filhinhos, quando eles nascem? E outras, não há, que nem sequer os deixam desenvolver-se no ventre, matando-os antes do parto? No entanto, quem adota o faz por amor e doa-se por abnegação.
De certo modo, somos todos filhos adotivos uns dos outros, pelo corpo ou sem ele, porquanto, a única paternidade verdadeira é a que Deus, o Genitor Divino que nos criou para a glória eterna.
Mãezinha de adoção é alma que sustenta outra alma, vida completa que ampara outra vida em desenvolvimento.
Venho aqui agradecer-lhe e homenagear-lhe, em meu nome e no daqueles filhos adotivos que, ingratos, não souberam valorizar os lares que os receberam, nem os corações que se dilaceraram na cruz espinhosa dos sofrimentos em favor da vida e da segurança deles.
Respeitando sua fé lembro-me de sempre de suas palavras : a Mãe de Jesus, a todos nos adotou como filhos, em homenagem ao Seu Filho. OBRIGADA POR SEU AMOR INCONDICIONAL!

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